Os grupos terroristas IRA (Exército Republicano Irlandês) e ETA (Euskadi Ta Askatasuna) marcaram a história da Irlanda do Norte e do País Basco, respectivamente. Ambos tinham como objetivo a independência de seus territórios, utilizando a violência como meio de pressão política. Apesar de suas dissoluções formais, ainda existe discussão sobre a influência remanescente desses grupos.
Origens e Contexto Histórico
O IRA surgiu no início do século XX, buscando a independência da Irlanda do Reino Unido. Com o Acordo da Sexta-Feira Santa (1998), o grupo depôs as armas, mas facções dissidentes como o “Novo IRA” ainda praticam ataques isolados.
O ETA, fundado em 1959 sob a ditadura de Franco, defendeu a independência basca através de atentados e assassinatos. Em 2018, o grupo anunciou sua dissolução definitiva.
Principais Atentados e Impacto
- IRA: Atentado de Omagh (1998) com 29 mortos e ataques a alvos britânicos.
- ETA: Atentado em Madri (2004, atribuição polêmica) e assassinatos de políticos e militares espanhóis.
Ambos os grupos causaram grande impacto nas sociedades locais, intensificando políticas de segurança e mudanças legislativas.
Influência Atual
Apesar do desarmamento oficial, a ideologia desses movimentos ainda ressoa entre grupos separatistas e dissidentes. O “Novo IRA” continua ativo, enquanto no País Basco, partidos nacionalistas mantêm a causa independentista viva no debate político.
Conclusão
Embora IRA e ETA tenham oficialmente cessado suas atividades terroristas, sua influência política e ideológica persiste. Os desafios da segurança e do nacionalismo continuam relevantes, especialmente em tempos de crises políticas e sociais.
Referências
- SANCHEZ-CUENCA, Ignacio. “ETA and Democratic Spain: The Challenge of Terrorism.” European Journal of Political Research, 2009.
- MOLONEY, Ed. “A Secret History of the IRA.” W.W. Norton, 2002.
- BBC NEWS. “ETA: Spain’s Basque Separatist Group Announces Final Dissolution.” 2018.
- COADY, C.A.J. “Morality and Political Violence.” Cambridge University Press, 2008.